Com esta iniciativa, a representação diplomática holandesa pretende desenhar um programa de apoio ao empreendedorismo, catalizando, desta forma, o crescimento económico de Moçambique, através da implementação de projectos sustentados pela inovação tecnológica, abrindo espaço para a dinamização da economia e a geração postos de trabalho.
Após participar no painel de debate sobre o empreendedorismo, o administrador delegado do Standard Bank, Chuma Nwokocha, considerou que os temas abordados são de grande importância para o crescimento económico do País, pois, na visão do Standard Bank, o empreendedorismo é o motor fundamental do crescimento económico.
“Sem empresas, empresários e empreendedores, haveria poucos novos postos de trabalho e pouca inovação, o que nos levaria a um cenário de fraco crescimento e produtividade”, referiu Chuma Nwokocha.
Ajuntou que Moçambique ocupa o 116 lugar no Índice Global de Empreendedorismo para 2016, o que demonstra a necessidade urgente de colaboração entre o sector público e privado, as agências internacionais de desenvolvimento e a sociedade civil, para a construção de um ecossistema formal e sustentável para a formação de Pequenas e Médias Empresas no País.
Neste contexto, conforme sustentou, o Standard Bank tem vindo a apoiar iniciativas como o SeedStars a nível do continente, além do apoio para a realização, em Novembro de 2015, do primeiro Google Startup Weekend, em Moçambique, destinado a ajudar os jovens a treinar técnicas de resolução de problemas, validar as suas ideias de negócios e vendê-las aos investidores.
Fazendo uma breve abordagem sobre a iniciativa, o chefe do Departamento de Cooperação e Desenvolvimento da Embaixada do Reino dos Países Baixos, Jan Huesken, disse que se trata de estimular o empreendedorismo, principalmente para jovens empresários, pois a embaixada, que conta com mais de 40 anos no País, pretende, agora, focalizar-se mais sobre negócios e economia.
“É fundamental, em Moçambique, um País com um grande potencial, que os jovens participem também no processo de desenvolvimento, através do empreendedorismo. Vamos criar uma plataforma para que a embaixada possa apoiar os jovens empresários, dando-lhes a oportunidade para a sua formação e estabelecimento de parcerias com investidores holandeses”, frisou Jan Huesken.
Por sua vez, o pró-Reitor da Universidade Politécnica, Narciso Matos, referiu que a contribuição da universidade é formar as pessoas e, no segundo plano, começar a criar ninhos de empresas onde as pessoas possam aprender a ser empreendedores empreendendo.
“Há práticas que a pessoa pode aprender desde como fazer um plano de negócios, como e onde se registar, como pedir um financiamento, etc. Antigamente havia a ideia de que a pessoa sai da universidade e depois vai aprender essas coisas, hoje há mais do que a convicção de que essas coisas se devem aprender na universidade”, indicou. (RM-FDS)