
Antes dono de uma loja de acessórios em Juquitiba, a pouco mais de 70 km de São Paulo – aproximadamente uma hora de viagem de carro –, Victor Hugo Ferreira, de 32 anos, resolveu investir na possibilidade de ir até as clientes. O microempresário desenvolveu um plano de negócios, pesquisou preços e fez um financiamento para montar o utilitário da Mulher Faceira Acessórios. No total, o investimento inicial ficou em torno de R$ 90 mil.
Hoje, são três anos e quatro meses de idas e voltas de Juquitiba a São Paulo. De segunda-feira a sexta-feira, Ferreira acorda às 4h para chegar à capital sem pegar trânsito e permanece na cidade até as 15h, quando o movimento é menor e a clientela já voltou do almoço para o trabalho. Para saber onde está o veículo da loja, basta conferir na rede social do empreendimento.
O utilitário da Mulher Faceira foi adaptado para receber até dez clientes, mas chegou a ter 12 pessoas disputando espaço e os acessórios vendidos pelo empresário. Em um mês, já foram vendidos cerca de 500 acessórios. “Em datas comemorativas, como o Dia das Mães, as vendas aumentam cerca de 30%. No Natal, o crescimento é de 50%”, conta o dono da empresa.
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Sem nenhum funcionário, é o próprio Ferreira que assume todas as funções na loja itinerante Mulher Faceira. Com foco no público feminino, com idade entre 23 e 40 anos, o empresário também investe em algumas peças para homens, como relógios e óculos.
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Ferreira compra os produtos de fornecedores da região de Limeira (SP) e do Sul do País. Os preços são acessíveis, com brincos a partir de R$ 9, kit de pulseiras por R$ 12, colares por R$ 19,90. “Procuro manter este preço, pois gosto de trabalhar com um giro muito alto de mercadorias. Toda semana procuro renovar o estoque”, conta.
O microempresário aproveita a experiência na área de vendas e comercial, ramo em que trabalha desde os 18 anos, para administrar o próprio negócio. Agora, planeja abrir a marca para franquias e ter pelo menos uma unidade franqueada até o final de 2014. “Vamos começar pelo interior de São Paulo. Até agora, 15 pessoas deixaram o contato para quando iniciasse o processo de franquias”, conta Ferreira.
Leia nesta quinta-feira (15) a quarta reportagem sobre negócios sobre rodas