Pessoas com deficiência estiveram na manhã desta terça-feira (9) no Estádio Presidente Vargas, no bairro Benfica, para avaliar as condições de acessibilidade do local. Cadeirantes e um deficiente visual foram acompanhados por representantes da Secretaria de Esporte e Lazer da Prefeitura de Fortaleza (Secel), da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania (AMC) e pelo vereador João Alfredo (Psol), que propôs a visita em audiência pública na Câmara Municipal de Vereadores.
Durante o encontro, os torcedores apontaram as dificuldades encontradas no PV, que serão analisadas pela Prefeitura de Fortaleza e órgãos responsáveis. As modificações solicitadas por eles seriam nas arquibancadas, com 32 vagas elevadas em relação às já existentes; a criação de mais seis espaços reservados no setor especial, com rebaixamento na altura das barras; a criação de mais uma vaga no estacionamento interno do estádio, passando para cinco, no total; a implantação de piso tátil em espaços onde não existem atualmente, além de sistema de áudio-descrição dos jogos para deficientes visuais.
Os cadeirantes Daniel Cordeiro e Cilas Antônio Nogueira Silva reivindicam também que pessoas com deficiência tenham livre entrada ao estádio e que o acompanhante pague apenas meia-entrada. O deficiente visual Josué Oliveira também apontou falhas nas colunas do estádio, que, segundo ele, não oferecem segurança durante a locomoção.
– Seria importante também a realização de oficinas para capacitar pessoas que trabalham no PV para lidar com deficientes visuais – declarou Josué.
Adequações
Presente na visita desta manhã, o gerente de operações da AMC, Disraeli Brasil, garantiu que na partida entre Fortaleza e Luverdense, nesta quarta-feira, pela Copa do Brasil, os agentes nos bloqueios próximos ao estádio já serão orientados a liberar a entrada de torcedores com deficiência credenciados para o estacionamento interno do PV, pela rua Costa Sousa.
Já o representante da Secel, Ciro Lima, prometeu que a administração do PV levará as propostas para Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Ceará (CREA). Os órgãos devem analisar se as mudanças são possíveis. Segundo Ciro, todos os laudos do estádio estão aprovados, mas a Prefeitura de Fortaleza já compreendia essas dificuldades.
– De fato, temos essa preocupação com as solicitações para conforto (das pessoas com deficiências). Mas, em todo o estádio, podemos notar placas de sinalização, rotas de fuga e pisos táteis. Muita coisa de acessibilidade foi feita aqui – finalizou Ciro, sem estipular um prazo para possíveis reformas.